segunda-feira, 5 de julho de 2010

Atento


Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo.
Porque esta noite
Olhei-me a mim,
como se tu me olhasses.
E era como se a água
desejasse.
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas,
nem tocar a margem.
Te olhei.
E há um tempo.
Entendo que sou terra.
Há tanto tempoEspero

Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu.
Pastor e nauta
Olha-me de novo.
Com menos altivez.
E mais atento.

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